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As regras do jogo, a etiqueta no salão
As regras do jogo, a etiqueta no salão

Dançar não é executar corretamente uma série de passos, mas também uma forma de relacionar-se socialmente. Como tal, a dança deve ser desenvolvida seguindo uma série de regras. Basta respeita-las para garantir uma perfeita integração na pista de dança e um rápido aprendizado. O principal objetivo da etiqueta é tornar o momento da dança agradável para todos.

As regras são estabelecidas para manter a ordem entre os pares e evitar possíveis acidentes. Portanto, no caso de dúvida, o comportamento deve que estar voltado à comodidade dos demais. Ao fazer um convite, escolha uma frase cortês e educada. Antigamente as regras sociais restringiam a iniciativa do convite à dança aos homens, porém este costume foi se transformando e hoje, as mulheres podem tomar a iniciativa, inclusive nos ambientes mais formais.

A primeira vista, a presença no salão indica um possível desejo de dançar. Para não cometer um equívoco, observe se a pessoa está próxima à pista de dança e disponível par.a ser convidada a dançar. Se está longe é melhor não intervir.

Ao escolher o par é necessário levar em consideração que o baile conta com uma dinâmica social que pretende certa diversidade e oferece a todo mundo a oportunidade de dançar. Por isso, pode ser considerado deselegante dançar com a mesma pessoa mais de duas vezes consecutivas ou dançar o tempo todo com quem o acompanha ao baile. Em alguns lugares existe o costume de dançar a primeira e a última música com quem o acompanha e o restante com outras pessoas presentes no salão.

Nunca culpe seu par dos erros ocorridos durante a dança. Independentemente de quem seja, quando ocorrer tal fato, sorria, desculpe-se e prossiga com a dança. Insistir em explicações pode incomodar seu par e desviar a atenção sobre o fundamental: a dança em parceria.Se não houver uma compatibilidade entre o par, o dançarino mais experiente deve igualar-se ao outro. Caso seu par não desempenhe os movimentos com segurança, cabe a você, executar movimentos simples e, na medida do possível, aumentar o grau de dificuldade. Convém memorizar o ponto atingido para recuperá-Io na próxima vez que dançarem juntos.

O mesmo princípio aplica-se à danças com mais liberdade de movimentos, como é o caso das danças latinas e do swing, onde realizar giros extras ou uma exibição acrobática intimida mais do que estimula um(a) parceiro(a) inexperiente.

Compartilhar a pista de dança

É obvio que você nunca estará sozinho em uma pista de dança. Em danças como a valsa ou apolca o conjunto move-se em sentido anti-horário, mas em alguns momentos os passos exigem um movimento contrário à tendência geral.Execute-os com cuidado para não provocar uma colisão. Além disso, os casais devem estar atentos para ocupar lugares que tenham poucas pessoas. Também é importante adaptar a velocidade a dos outros dançarinos, pois dançar com rapidez ocupa muito espaço. Dançando lentamente, você acaba impedindo o espaço dos outros pares.Quando a música termina deve­-se abandonar a pista o mais rápido possível, mesmo se acompanhado(a) pelo par. Quando fora da pista, é elegante elogiar uma determinada qualidade observada no acompanhante - mesmo se ele não for muito hábil - e, em qualquer caso, demonstrar sua gratidão por haver passado momentos agradáveis.

Existe sempre a possibilidade de solicitar uma ajuda: se é você o inexperiente, recorra a uma frase do tipo: "não conhecia este passo". Isso convida, mas não obriga o ensino. Como aprendiz é necessário ter a delicadeza de não transformar a dança em um peso para a pessoa mais experiente.

Ensinar passos na pista de dança


É difícil resistir a tentação de ensinar alguns passos ao acompanhante quando existe uma grande diferença de nível entre o par. Evite este procedimento. A sua missão é proporcionar ao seu par bons momentos, e o elegante é dançar ao seu nível. Uma aula não solicitada pode ser indelicada e ao mesmo tempo incômoda.
Existe sempre a possibilidade de solicitar uma ajuda: se é você o inexperiente, recorra a uma frase do tipo: "não conhecia este passo". Isso convida, mas não obriga o ensino. Como aprendiz é necessário ter a delicadeza de não transformar a dança em um peso para a pessoa mais experiente.

O sistema de convites

Os dançarinos buscam um par. Portanto, o convite se converte em um circulo vicioso. Quanto mas dance, mas oportunidades terá que o convide para dançar. As pessoas que ficam sentadas e que esperam não devem, sem embargo, ser ignoradas. Mas, enquanto um dançarino experiente busca um par, ele olha os pés, e não a cara de seu futuro par; tenta ver quem usa sapatos de dança. Tente evitar recuzar um convite, pois assim reduzirá seu número de possibilidades. Se por uma razão ou por outra não deseje aceitar um convite, a melhor opção é dizer que não conhece esta dança, que precisa descansar um momento ou que prometeu esta dança a outra pessoa.


Coleção: AS MELHORES DICAS DE DANÇA DE SALÃO

Edições del Prado, 1999.